
O estudo “Observed and Potential Range Shifts of Native and Nonative Species with Climate Change”, publicado recentemente na revista Annual Reviews of Ecology, Evolution and Systematics por uma equipa de investigadores norte-americanos e espanhóis, revelou que «as espécies não nativas estão a expandir as suas áreas de distribuição muito mais rápido que os nativos, principalmente graças à ajuda humana involuntária. Mesmo as plantas não nativas aparentemente estacionárias movem-se a uma velocidade três vezes superior às das suas contrapartes nativas, numa corrida onde a velocidade é crucial devido às rápidas alterações climáticas e ao seu impacto nos habitats.”
A Universidade de Massachusetts – Amherst (UMass), que liderou a equipa de investigação, salienta que «Para sobreviver, as plantas e os animais devem deslocar-se 3,25 quilómetros por ano apenas para acompanhar o aumento das temperaturas e as alterações climáticas associadas, uma taxa que as espécies nativas não conseguem sobreviver sem a ajuda humana.”
Bethany Bradley, autora principal do estudo e professora de conservação ambiental na UMass Amherst, destaca: «Sabemos que o número de espécies de plantas invasoras está aumentando exponencialmente em todo o mundo. Sabemos também que os viveiros estão a exacerbar a propagação de espécies invasoras provocada pelo clima e que combater as espécies invasoras é uma das melhores formas de nos prepararmos para as alterações climáticas. Queríamos descobrir a que velocidade as espécies nativas e não-nativas estão se movendo neste momento e até onde podem ir.”