
Nas últimas décadas, o nosso planeta registou um aumento preocupante nas extinções de espécies animais. Este fenómeno é frequentemente atribuído à acção humana, que alterou significativamente os ecossistemas naturais através de práticas como a desflorestação, a urbanização e a poluição.
A caça indiscriminada e o comércio ilegal de vida selvagem tiveram um impacto devastador na biodiversidade. Animais como rinocerontes e elefantes, por exemplo, têm sido perseguidos pelo seu marfim e outros produtos.
Outro factor determinante são as alterações climáticas, que alteram os padrões climáticos e as temperaturas globais. Espécies como o panda gigante e os corais, que dependem de habitats específicos, estão em risco de extinção.
Embora a situação seja crítica, ainda há motivos para esperança. Nos últimos anos, várias organizações e governos iniciaram programas de conservação e restauração de habitats naturais.
O aquecimento global está a ter um impacto devastador na vida animal e as preguiças de Hoffmann estão entre as espécies mais vulneráveis. Com metabolismos já extremamente lentos, esses animais passam grande parte do tempo comendo e digerindo. No entanto, o aumento das temperaturas representa uma séria ameaça à sua sobrevivência, pois pode acelerar o seu metabolismo de forma insustentável. Estudos recentes têm destacado a fragilidade das preguiças que vivem nas altas montanhas, tornando necessária uma intervenção de conservação para garantir a sua existência.
Uma pesquisa conduzida pela Sloth Conservation Foundation analisou parâmetros-chave como temperatura corporal e consumo de oxigênio das preguiças. Os resultados mostraram que os exemplares de montanha são particularmente sensíveis ao aumento das temperaturas, em contraste com os que habitam as planícies. Embora as preguiças da montanha possam reduzir o seu metabolismo para lidar com o calor, estas alterações levam a um aumento na sua taxa metabólica de repouso, resultando num aumento do gasto energético mesmo quando não estão ativas.
O aquecimento global está a ter efeitos directos nas preguiças das montanhas. À medida que as temperaturas sobem, o seu metabolismo corre o risco de exceder o seu limite sustentável. Os investigadores alertam que, até 2100, as preguiças que vivem em grandes altitudes poderão não ser capazes de satisfazer as suas necessidades energéticas num clima em constante mudança. As previsões indicam um aumento na taxa metabólica, impossibilitando-lhes a sobrevivência num ambiente cada vez mais quente.